Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Del biografema a la comunidad: dos casos recientes en la literatura latinoamericana

2018; Unversidade Federal do Rio de Janeiro; Volume: 20; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/1517-106x/2018202165183

ISSN

1807-0299

Autores

Cláudia Amigo Pino, Lorena Amaro Castro,

Tópico(s)

Latin American Literature Studies

Resumo

Resumo Embora a posição de Roland Barthes sobre a morte do autor, ilustrada em seu famoso artigo homônimo, seja bem conhecida, há muito a explorar no seu retorno à figura autoral a partir do “biografema”, noção que aparece de forma resumida e enigmática em seu texto Sade, Fourier, Loyola. No artigo a seguir, a biografemática barthesiana é retomada, tendo como referência as lições dos seminários “10 anos de semiologia” (inédito) e “O léxico do autor” (anotações publicadas postumamente em 2010). O biógrafema aqui será entendido como um “traço significante”, contraditório, plural, e também como uma marca do autor na subjetividade dos leitores, a partir de traços físicos e afetivos. Essa noção será relacionada com outras conceituações atuais sobre autoria e a necessidade de transcender o paradigma romântico do autor individual e singular, com o fim de propor uma visão de autoria como uma forma de comunidade. Essa reflexão teórica ajudará a ler dois recentes textos narrativos latino-americanos: Mi abuela, Marta Rivas González, do escritor chileno Rafael Gumucio (2013) e A resistência (2015), do escritor brasileiro-argentino Julián Fuks, em que a oscilação entre biografia e a autobiografia revela como o biografema opera nesses textos autofictionais.

Referência(s)