
Paradigma biomédico x psicossocial: onde são ancora das as representações sociais acerca do sofrimento psíquico?
2018; Volume: 26; Issue: 2 Linguagem: Português
10.9788/tp2018.2-13pt
ISSN2175-3652
AutoresPatrícia Fonseca de Sousa, Silvana Carneiro Maciel, Katruccy T. Medeiros,
Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoEste estudo tem como objetivo conhecer as representações sociais de profi ssionais da saúde mental, universitários da área da saúde e estudantes do ensino médio acerca do louco e do doente mental, relacionando-as aos paradigmas de atenção à saúde mental.A amostra dessa pesquisa foi formada por 150 participantes, sendo 50 de cada grupo social.Para a coleta de dados, foi usada a TALP (Técnica de Associação Livre de Palavras), com os estímulos louco e doente mental.Os dados foram analisados no programa Tri-Deux-Mots, por meio da Análise Fatorial de Correspondência.Os estudantes do ensino médio e os universitários apresentaram representações do louco e do doente mental ancoradas no paradigma biomédico, o qual enfatiza a medicalização e a hospitalização na assistência à saúde mental; já os profi ssionais apresentaram representações ancoradas no paradigma psicossocial, o qual norteia as ideias da Reforma Psiquiátrica.Percebe-se que apesar de a assistência em saúde mental no Brasil ser pautada nos preceitos da reforma, ainda há na sociedade uma visão negativa do doente mental/louco ancorada no paradigma biomédico, a qual reforça a exclusão e manutenção do estigma social frente a esses sujeitos.
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