Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Perfil socioeconômico dos consumidores de hortaliças em feiras livres na microrregião de Januária

2015; Associação Brasileira de Olericultura; Volume: 33; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0102-053620150000100019

ISSN

1806-9991

Autores

Antônio Amorim Brandão, Cândido Alves da Costa, Flávia Maria Galizoni, Thâmara FM Cavalcante, Ágatha Corrêa Neves,

Tópico(s)

Organic Food and Agriculture

Resumo

Os consumidores cada vez mais estão buscando uma alimentação saudável e diversificada, elevando a procura por hortaliças. As hortaliças são encontradas em vários segmentos de mercado, como sacolões, supermercados e também nas feiras livres. Poucas informações existem a respeito da importância das feiras no cotidiano do consumidor que compra hortaliças na região do norte de Minas Gerais. Diante disso o objetivo deste trabalho foi analisar características socioeconômicas de consumidores de hortaliças em feiras livres, nas cidades de Chapada Gaúcha, Itacarambi, Januária e Manga na microrregião de Januária, norte de Minas Gerais. Foram aplicados ao todo 107 questionários nos municípios, de acordo com o volume de pessoas que frequentaram cada feira na respectiva ocasião. Observa-se que a maior parte dos consumidores são mulheres, não aposentados e com idade inferior a 54 anos sendo que em Chapada Gaúcha essa frequência chega a 100%. As pessoas vão à feira semanalmente e a maioria relatou comprar hortaliças somente nas feiras por valorizarem qualidade e tradição; o preço como critério de escolha apresentou pouca influência. A maioria dos consumidores em Itacarambi e Januária, afirmaram gastar mais de R$ 30,00 por ida à feira e em Manga e Chapada Gaúcha gastam entre R$ 10,00 e R$ 20,00. As mulheres foram responsáveis pela compra de hortaliças nas feiras estudadas. A oferta de produtos sem uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos gera confiança e fidelização dos consumidores. Há direcionamento na preferência pela compra de algumas espécies na feira livre. Espécies como brócolis e couve-flor foram lembradas por parte dos entrevistados e não são encontradas nas feiras da região com freqüência, indicando oportunidades de diversificação da produção.

Referência(s)