
A psicopatologização da vida contemporânea: quem faz os diagnósticos?
2018; Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara; Volume: 20; Issue: 1 Linguagem: Português
10.30715/rbpe.v20.n1.2018.11309
ISSN2594-8385
Autores Tópico(s)Mental Health and Psychiatry
ResumoRESUMO:Este trabalho discute alguns aspectos do uso das classificações diagnósticas em saúde mental, como o modelo nosográfico vigente no CID-10 e DSM-5.Ele destaca a prática clínica, em que a padronização e a normatização do sofrimento psíquico se sobrepõem ao estudo do caso clínico.As classificações diagnósticas partem do princípio de que todos os tipos de mal-estar podem ser codificados e diagnosticados, induzindo a uma operacionalização normativa do sofrimento humano.Assim, transforma-se comportamentos e problemas inerentes à existência comum em patologias médicas e restringe-se possibilidades de produzir sentidos para certos modos de sofrimento.Conclui-se indicando a necessidade desse modelo diagnóstico reintegrar alguns elementos vivenciais à prática clínica em saúde mental, tendo em vista os riscos da crescente redução dos processos de adoecimento aos seus sintomas. PALAVRAS-CHAVE:
Referência(s)