Das Tulherias a Amarante. Pode a literatura ser uma forma de história?
2012; Association Portugaise d'Etudes Françaises; Issue: Première Série - 4 Numéro Linguagem: Português
10.4000/carnets.7655
ISSN1646-7698
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoO texto concentrar-se-á no tratamento literário, histórico e biográfico dado a Napoleão pelo poeta e biógrafo português Teixeira de Pascoaes, na obra homónima publicada em 1940. Nessa biografia, Pascoaes faz uso de um excêntrico sistema filosófico, que aspira a reconstruir a história de modo particular – nas suas palavras, Napoleão é “o santo da História”. Mas há outro lado que parece salientar-se: Napoleão o homem, duplicado nele mesmo e em Bonaparte, duas entidades que reescrevem uma épica pessoal e histórica. Neste contexto, serão discutidas duas questões: i) o que leva um poeta e pensador consagrado a, no final da sua carreira literária, construir um complexo sistema biográfico no qual Napoleão é a figura central?; ii) quais são as consequências de se pensar, como Pascoaes faz implícita e explicitamente, que a história é uma forma de literatura?
Referência(s)