
Caracterização morfológica, mineralógica e química dos níveis de alteração da Formação Marília (Membro Serra da Galga) do Neocretáceo da Bacia Bauru, no Triângulo Mineiro (MG)
2016; Volume: 43; Issue: 2 Linguagem: Português
10.22456/1807-9806.78207
ISSN1807-9806
AutoresCarla Vanessa de Sousa Coelho, Vânia Rosolen,
Tópico(s)Paleontology and Stratigraphy of Fossils
ResumoNos planaltos tabulares do Triângulo Mineiro, os sedimentos da Formação Marília (Neocretáceo) são intensamente alterados e pedogeneizados formando perfis espessos, muito argilosos com elevada concentração de caulinita e gibbsita. O objetivo deste trabalho é caracterizar as principais alterações petrográficas (microscopia ótica), mineralógicas (DRX e ATD-TG) e geoquímicas (FRX e Função de Transporte Geoquímico) em um perfil de alteração envolvendo o arenito, o saprolito e os horizontes superficiais plínticos e com argilas aluminosas. Os resultados mostraram que a caulinita e a gibbsita são a paragênese secundária dominante no perfil. As concentrações se acentuam na alterita, devido à alteração de feldspatos e minerais micáceos e, mais acentuadamente na plintita e na argila aluminosa. Nos horizontes superficiais, a concentração de gibbsita é maior que a da caulinita. A geoquímica e a função de transporte mostraram aumento dos óxidos de ferro na alterita (1,45%) e na plintita (2,66%) devido à concentração absoluta nos nódulos. Na alterita ocorrem ganhos absolutos de Si, Al e Fe. Houve perda de Si na plintita e na argila aluminosa. Em relação ao Al, observa-se ganhos na alterita, plintita e na argila aluminosa. A proporção de gibbsita em relação à caulinita aumenta da base para o topo do perfil, passando de ~72% de caulinita e ~3% de gibbsita no arenito para ~28% de caulinita e ~71% de gibbsita na argila aluminosa, indicando meio fortemente dessilicificado. Os resultados obtidos mostram estreita similaridade entre os materiais analisados, sugerindo possível filiação mineralógica.
Referência(s)