
CONSTRUÇÃO IMAGÉTICO-DISCURSIVA DA BELEZA CORPORAL EM MÍDIAS SOCIAIS: REPERCUSSÕES NA PERCEPÇÃO SOBRE O CORPO E O COMER DOS SEGUIDORES
2018; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 13; Issue: 2 Linguagem: Português
10.12957/demetra.2018.33305
ISSN2238-913X
AutoresAna Flávia de Sousa Silva, Letícia Dos Santos Neves, Camila Cremonezi Japúr, Thaís Rodrigues Penaforte, Fernanda Rodrigues de Oliveira Penaforte,
Tópico(s)Physical Education and Gymnastics
ResumoAs representações contemporâneas dos padrões de beleza se fecham em um corpo magro e delicadamente esculpido, e são especialmente disseminadas pelas redes sociais. O Instagram, com sua forte característica imagética, é muito utilizado para compartilhar imagens fitness, que difundem modelos corporais ideais. Este estudo, pautado na abordagem qualitativa, examinou o conteúdo dos comentários associados a fotos centradas na exposição corporal, veiculadas em um perfil fitness do Instagram. Foram selecionadas 12 fotos, publicadas entre janeiro a dezembro de 2017. Os comentários associados às fotos foram submetidos à análise de conteúdo, da qual emergiram três categorias de análise: “Maravilhosa, deusa, diva, inspiração”: a exaltação ao corpo magro; “Meu sonho é ter esse corpo”: o desejo de metamorfose corporal; e “Uma escolha errada arruína o corpo inteiro”: culpabilização e distorções na relação alimentar. Observou-se íntima relação entre magreza, beleza, felicidade e como fonte de inspiração e desejo. Sob este prisma, existe um forte anseio de (re)construção do corpo, que se confunde com o anseio de (re)construção da própria identidade. Ainda, cria-se a ilusão de que o modelo de corpo ideal difundido está ao alcance de todos, bastando empenho, dedicação e força de vontade para alcançá-lo; ao mesmo tempo, sentimentos de tristeza e frustração emergem quando esse ideal não é atingido. Foi possível observar também que o desejo de remodelamento corporal reverbera na relação com a alimentação, que se torna distorcida e fonte de culpa, arrependimento e necessidade de controle do prazer, podendo culminar em comportamentos alimentares disfuncionais.DOI: 10.12957/demetra.2018.33305
Referência(s)