
ADESÃO À FARMACOTERAPIA, QUE UNIVERSO É ESSE? UMA REVISÃO NARRATIVA
2018; Hospital de Clinicas de Porto Alegre ; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Volume: 38; Issue: 2 Linguagem: Português
10.4322/2357-9730.80552
ISSN2357-9730
AutoresLívia Soldatelli Oliboni, Mauro Silveira de Castro,
Tópico(s)Pharmaceutical Economics and Policy
ResumoA não-adesão à farmacoterapia foi primeiramente identificada há mais de 2000 anos e continua a ser um desafio, gerando intenso debate nos dias de hoje. Percebe-se que houve um aumento nas pesquisas que procuram elucidar a extensão, as causas e as consequências da não-adesão à farmacoterapia. No entanto, para entender a extensão de adesão é necessário compreender o seu conceito. Para tanto, é necessário esclarecer a diferença dos diversos termos utilizados em pesquisas de adesão, tais como cumprimento, adesão, concordância e persistência. Com o objetivo de elucidar essas e muitas outras questões, conduziu-se um mapeamento da literatura existente sobre adesão à farmacoterapia. Esta revisão narrativa foi conduzida sem limitação temporal, por meio de buscas realizadas nas bases de dados MEDLINE/PubMed e Scielo. Utilizaram-se os descritos em Ciências da Saúde (DeCS) (Medication Adherence e Adesão à Medicação; Patient Compliance e Cooperação do Paciente; Terminology e Terminologia); os termos MESH (drug therapy, medication adherence, medication therapy management, patient compliance, terminology); e outros termos gerais. Apesar de existir uma vasta literatura sobre o conceito de adesão à medicação, não há um consenso padrão estabelecido. Os termos compliance, adherence e concordance têm sido utilizados erroneamente como termos intercambiáveis de adesão à medicação. Alguns autores categorizam a não-adesão em intencional e não intencional; outros em repetida ou esporádica ou, ainda, em primária ou secundária. A adesão é um comportamento multifatorial complexo que é influenciado por diversos fatores, que muitas vezes são controversos e inconsistentes nas publicações. Apesar de existir um universo rico e promissor no campo de adesão à farmacoterapia, há muita complexidade e contradição. Muito do que se reporta à adesão é de certa forma fragmentado e controverso, o que dificulta a análise deste processo como um todo.Palavras-chave: Revisão narrativa; adesão à medicação; terminologia
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