Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Modificação do perfil da silicose na mineração subterrânea de ouro em Minas Gerais

2018; Fundacentro; Volume: 43; Linguagem: Português

10.1590/2317-6369000008117

ISSN

2317-6369

Autores

Leandro Liberino Silva, Leandro Portes Cury Lima, Cristovam Chiaradia Barbosa, Aluisio Diniz Machado, Adriano Starling Mosci, Francisco das Chagas Lima e Silva, Danielle Nunes Pinto Della Torre, Andréa Maria Silveira, Ana Paula Scalia Carneiro,

Tópico(s)

Occupational exposure and asthma

Resumo

Resumo Introdução: Minas Gerais é o estado brasileiro com maior registro de casos de silicose, sendo grande parte proveniente de casuísticas acumuladas das minerações de ouro. Objetivos: descrever e analisar temporalmente a ocorrência de silicose na mineração de ouro identificando fatores ocupacionais relacionados. Métodos: estudo transversal com 1.020 ex-mineiros da região de Nova Lima/MG, avaliados entre 1995 e 2011. Resultados: o diagnóstico de silicose foi confirmado em 19,7% dos avaliados. Nenhum caso da doença foi identificado em indivíduos que trabalharam apenas na superfície. A prevalência no grupo que trabalhou até 5 anos no subterrâneo foi de 3,8% e no grupo com mais de 20 anos de trabalho nesse local foi de 44,2%. Os admitidos para trabalho subterrâneo até 1950 apresentaram prevalência de 57,9%. Entre os admitidos após 1990, não houve registro de casos. Conclusão: verificou-se uma queda expressiva na ocorrência de silicose no período analisado. Uma vez que a doença é sabidamente dose-dependente, é esperado que a diminuição dos níveis de exposição, obtido pelas melhorias dos ambientes ocupacionais, tenha refletido nestes resultados. É fundamental que tais medidas continuem a ser adotadas na mineração e em outros ramos de atividade visando reduzir a ocorrência da doença.

Referência(s)