Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Classe Social, território e desigualdade de saúde no Brasil

2018; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 27; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0104-12902018170889

ISSN

1984-0470

Autores

José Alcides Figueiredo Santos,

Tópico(s)

Global Health Care Issues

Resumo

Resumo O estudo analisa como classe social e território se combinam na produção de padrões de saúde na população. Considera em particular as variações e as convergências espaciais da relação focal entre classe social e saúde no Brasil. Nas análises foram usadas probabilidades preditas e medidas tanto absolutas quanto relativas de desigualdade de saúde. Foram estimadas as probabilidades de não ter boa saúde para a capital e o interior de cada um dos estados brasileiros. Localização espacial e classe social se combinam para acentuar dramaticamente as discrepâncias de saúde. Como regra geral, as discrepâncias relativas de classe social são maiores nas regiões mais desenvolvidas e nas capitais de todos os estados. Os melhores níveis de saúde em territórios menos adversos favorecem mais os grupos com recursos e capacidades de potencializar os ganhos de saúde. A desigualdade absoluta é maior nas áreas menos desenvolvidas. As adversidades territoriais se combinam a maior densidade das categorias mais vulneráveis, impondo um enorme fardo populacional de saúde nas regiões menos desenvolvidas.

Referência(s)