Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A Medeia de Pasolini e a tragédia do homem ocidental

2018; UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; Volume: 12; Issue: 22 Linguagem: Português

10.22409/1981-4062/v22i/237

ISSN

1981-4062

Autores

Alexandre A. Costa,

Tópico(s)

Arts and Performance Studies

Resumo

Sentindo-se repudiada por Jasão, que decide esposar a filha do rei Creonte, Medeia dá início à sua vingança, conseguindo, por meio de seus dons extraordinários, que o Rei e a sua filha morram queimados, para depois matar os seus próprios filhos, de quem Jasão é pai. Contando com a exuberante presença de Maria Callas, a versão de Pasolini para Medeia, de Eurípides, mostra o seu toque pessoal ao sublinhar o confronto entre Medeia e Jasão como figuras de dois mundos incompatíveis, realizando uma leitura literalmente histórica da peça. Ela representa um mundo arcaico e divino, marcado pelo mote “tudo é sagrado”; ele, o herói atual, pragmático, racional e dessacralizado – sua tragédia é também a origem da tragédia do homem contemporâneo.

Referência(s)