Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Memória e os Mecanismos de Vigilância em As Bruxas de Salém de Arthur Miller

2018; Volume: 13; Issue: 2 Linguagem: Português

10.22478/ufpb.2237-0900.2017v13n2.26382

ISSN

2237-0900

Autores

Antonius Gerardus Maria Poppelaars, Sandra Luna,

Tópico(s)

Arts and Performance Studies

Resumo

Arthur Miller escreveu As Bruxas de Salém (1953), peça sobre uma caça às bruxas no século XVII, como metáfora da caça aos comunistas no Macarthismo, um período de perseguição nos Estados Unidos. Em ambos os momentos, a peça-chave da perseguição era a “delação”: instar um suspeito a acusar outros. Em 1956, Miller, interrogado por simpatias comunistas, negou-se a delatar, reforçando a peça como denuncia de repressão. Os objetivos deste artigo são conectar a peça ao Macarthismo, aplicando, baseado em Pêcheux, regularização, memória social, memória discursiva, silenciamentos, (não)-ditos, implícitos, (não)-inscrição na memória e baseado em Foucault, mecanismos de vigilância. Conclui-se que a peça, referindo-se ao século XVII e ao Macarthismo, oferta-se como documento que pode ser recuperado pela memória coletiva como exemplo dos mecanismos de vigilância e dos conceitos baseados em Pêcheux, permitindo que a peça possa ser retomada e citada em outros casos de perseguição.

Referência(s)