
Impertinentes corpos pretos na “Cidade Olímpica”
2018; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Issue: 13 Linguagem: Português
10.12957/transversos.2018.36029
ISSN2179-7528
AutoresJosé Rodrigues de Alvarenga Filho,
Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
ResumoO Rio de Janeiro dos “megaeventos esportivos” foi um comercial bem feito. As “arestas” foram aparadas, as sangrias contidas, as cicatrizes maquiadas, os defeitos escondidos, as vozes dissonantes, silenciadas; os corpos impertinentes, contidos ou exterminados. A partir de três cenas - os jovens no ônibus, o homem na velha cadeira de rodas na Praça XV e os usuários de crack no canteiro da Avenida Brasil- trazemos a narrativa de alguns anônimos que habitam as ruas cariocas e produzem, com o seu ir e vir, com suas súplicas ou o seu sorriso, tensionamentos na ordem. Suas vidas colidem com as relações de poder que no cotidiano os submetem e os descartam. Ao mesmo tempo, suas existências infames nos interrogam e interpelam: o que estamos fazendo com nossas vidas? A crítica do “sistema” é mera análise triste do “inferno dos vivos” Calvino (2001) ou abertura de espaço?
Referência(s)