
(Re)visitando o Estado Novo no Brasil: uma análise da censura e a difusão cultural dos livros nas bibliotecas
2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL; Linguagem: Português
10.19132/1808-5245243.125-151
ISSN1808-5245
AutoresAlessandra Nunes de Oliveira, Luiz Eduardo Ferreira da Silva, Jetur Lima de Castro,
Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoO artigo traz uma discussão sobre as relações da censura com as medidas de implementação da difusão cultural dos livros nas bibliotecas no Estado Novo no Brasil. Configura-se como uma abordagem teórica de cunho histórico, bibliográfico e documental, em que foi adotado o conhecimento indiciário sobre as quais evidenciam-se os aspectos interpretativos de outras formas do saber que partilham das pistas e das pegadas por meio do conhecimento indireto. São feitas considerações sobre o desenvolvimento do Instituto Nacional do Livro nas bibliotecas, sob a influência do Estado Novista, e sobre a relação da censura com o Departamento de Imprensa e Propaganda, com o qual estava coligada aos interesses do governo em questão em relação à expansão e à difusão dos livros. Considera-se que o livro e a leitura foram um esforço grande na política de Vargas com o Estado Novo, com a criação do Instituto Nacional do Livro, um ato perigoso, diga-se, na propaganda, instanciado em nome da moral e dos bons costumes e, por conseguinte, alvo da censura e da repressão à liberdade de expressão de grandes autores brasileiros citados no estudo, como Jorge Amado, Monteiro Lobato, Cecília Meireles e José Lins do Rego. Portanto, é necessário questionar, visto que ainda há uma tendência aos vestígios conservadores, como o do Estado Novo, devido às tradições habituais instauradas nos ambientes de trabalho, ao clima de vigilância nas instituições e às políticas comuns em bibliotecas.
Referência(s)