Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Franz Kafka, Fernando Pessoa e Mário de Andrade: o alcance das pequenas literaturas

2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL; Volume: 20; Issue: 48 Linguagem: Português

10.1590/15174522-020004806

ISSN

1807-0337

Autores

Ana Lúcia Teixeira,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

Resumo Em seus diários, Franz Kafka formula a noção de pequena literatura, que servia para designar a produção de povos sem tradição literária. Nesse tipo de produção, Kafka percebeu a possibilidade de vocalizar uma cultura e contribuir para conferir-lhe coesão social. Embora Kafka não tivesse em mente a sua própria produção quando cunhou o termo - o que gerou um debate acalorado que permanece aceso, sobretudo após Deleuze e Guattari publicarem, em 1975, um ensaio sobre o tema - o propósito deste artigo é o de averiguar em que medida o olhar de Kafka, como analista da cultura (aquele que formula a noção de pequena literatura), enxerga na literatura de seu tempo um conjunto de atributos que a apresentam como um intérprete e um ator social e político. O alcance analítico dessa categoria é examinado num trabalho comparativo com o olhar lançado por Fernando Pessoa e Mário de Andrade a seus respectivos contextos culturais, de forma a alargar a noção de pequena literatura formulada originalmente por Kafka.

Referência(s)