
Livro traz inventário inédito da produção literária brasileira sobre a ditadura
2018; Universidade de São Paulo. Instituto de Estudos Brasileiros; Issue: 70 Linguagem: Português
10.11606/issn.2316-901x.v0i70p292-296
ISSN2316-901X
Autores Tópico(s)Memory, Trauma, and Testimony
ResumoA literatura como arquivo da ditadura brasileira, da pesquisadora e professora da Universidade Federal Fluminense Eurídice Figueiredo, revisita o tema da ditadura e da repressão vividas nos anos 1968, por um lado, por meio da análise de textos literários que registraram a experiência desse trauma coletivo, funcionando como verdadeiros arquivos, e, por outro lado, revela o testemunho da própria autora sobre o exílio forçado por perseguições. É um livro fundamental no atual cenário literário brasileiro de proliferação de narrativas sobre a ditatura. A combinação entre objetividade e subjetividade, análise crítica da literatura e da realidade, pesquisa acadêmica e relato pessoal, arqueologia literária e memória, dá ao livro um tom peculiar. Dedicada a todos os netos da geração de 1968, incluídos os da autora, a obra inicia com epígrafes significativas, que falam sobre o real ficcionalizado, a escrita de um trauma e a história da ditadura militar no Brasil, dialogando com reflexões já realizadas por Jacques Rancière, Maria Rita Kehl, Elio Gaspari e Bernardo Kucinski. Dividida em quatro capítulos, dá o testemunho sobre os tempos difíceis (sobre)vividos na geração 1968.
Referência(s)