Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

OS ARGUMENTOS PSICOLÓGICOS EM “A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS” DE THOMAS KUHN

2018; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ; Volume: 23; Linguagem: Português

10.4025/psicolestud.v23i0.40479

ISSN

1807-0329

Autores

Emerson Albino Souza, Walter Melo,

Tópico(s)

Science and Science Education

Resumo

O papel e o reconhecimento da psicologia no campo da epistemologia sempre foi vetor de diversas controvérsias. Dentre autores que a rejeitaram e outros que a elegeram como elemento importante, destacamos o historiador e filósofo das ciências, Thomas Kuhn. Neste artigo listaremos os diversos argumentos e todas as teorias psicológicas citadas pelo epistemólogo no decorrer de sua obra mais influente: A estrutura das revoluções científicas. A forma como Kuhn utiliza o saber psicológico nos revela como suas proposições sobre a construção científica resgatam o valor epistemológico da psicologia, pois, ao descrever os processos inerentes a uma revolução científica, o enfoque sociológico e histórico foi invariavelmente complementado pelo campo psi. Assim, para explicar a atual conformação e engendramento das “ciências duras”, deu-se como necessário o recurso às “ciências brandas”. Diante desta aparente contradição, partiremos da situação em que críticas a um suposto subjetivismo de Kuhn envolvem a psicologia, para compreender como o autor a emprega no que ele denominou de “psicologia da investigação científica”. Consequentemente, responderemos questões decorrentes desta utilização, como o estatuto da cientificidade da psicologia dentro de suas próprias teorias e a legitimidade desta como ferramenta epistemológica.

Referência(s)