
Viver sem o Objeto
2018; Volume: 18; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5020/23590777.rs.v18i1.5682
ISSN2359-0777
AutoresGiovanna Amanda Presa, Maria Virgínia Filomena Cremasco,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoO presente artigo tem como objetivo realizar uma leitura clínica psicanalítica do filme “Viver sem endereço” (2014), de Paul Bettany, para investigar o tema da impossível perda do objeto de investimento nos casos-limite. Para isto, retrataremos a história da personagem Hannah, que, assim como outros moradores de rua, vive cercada de perigos e incertezas, típico das situações traumáticas de desamparo. O filme é carregado de cenas que servem de suporte para estabelecer um elo com a faceta dessubjetivante que o trauma pode assumir na configuração psíquica de alguns sujeitos. Optou-se por evidenciar que, no cerne dessa problemática, encontra-se a importância das funções exercidas pelos objetos primários, que, dependendo da qualidade de suas respostas, terão uma ação direta em relação às vivências traumáticas. A partir da análise do filme em interlocução com a psicanálise, pensamos na hipótese de que Hannah traz marcas traumáticas que não puderam ser integradas em seu psiquismo, aumentando a sua passividade em relação ao objeto de consumo pulsional personificado, inicialmente, na droga e depois em seu namorado.
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