
Desafios das epistemologias decoloniais e do paradigma ecológico para os Estudos de Religião
2018; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS; Volume: 13; Issue: 23 Linguagem: Português
10.5752/p.1983-2478.2018v13n23p94-114
ISSN1983-2478
AutoresPaulo Agostinho Nogueira Baptista,
Tópico(s)Religion and Society in Latin America
ResumoEste artigo foi produzido no contexto do V Colóquio do Grupo de Pesquisa Religião e Cultura, do Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião da PUC Minas, em outubro de 2017, que tratou do tema “A epistemologia das Ciências da Religião: pressupostos, questões e desafios”. Discutiu-se numa das mesas-redondas, os desafios das “Epistemologia pós-coloniais e os Estudos de Religião”. A partir de pesquisa bibliográfica, este texto começa por tratar de questões básicas da epistemologia e a seguir apresenta, de forma panorâmica, o paradigma ecológico e as origens e ideias principais das teorias críticas pós-coloniais: o pensamento pós-colonial, os estudos subalternos, o pensamento descolonial e decolonial. As conclusões apontam que os Estudos de Religião têm muito a ganhar com essas epistemologias críticas e podem exercitar de modo criativo formas diversificadas e coletivas de fazer ciência, enfrentando, através da qualidade de suas produções, a desconfiança que outras áreas têm sobre as “Ciências da Religião”. E, por ser multidisciplinar e estar em processo de construção epistemológica, devem entrar no debate duro da teoria da ciência. E, pela própria natureza de sua área, deve considerar o diálogo com os saberes religiosos, reconhecendo-lhes a dignidade de conhecimento, contribuindo para ecologizar e descolonizar ciências e saberes.
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