Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O ensino primário no Rio Grande do Norte: reflexões a partir das obras de Maria Marta de Araújo e Nestor dos Santos Lima

2018; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 7; Issue: 9 Linguagem: Português

10.17648/rsd-v7i9.393

ISSN

2525-3409

Autores

Arthur Cassio de Oliveira Vieira, Antônio Max Ferreira da Costa, Olívia Morais de Medeiros Neta,

Tópico(s)

Education Pedagogy and Practices

Resumo

A história da educação do Rio Grande do Norte tem sido escrita e reescrita sob diversos olhares e perspectivas. Cada obra, para além de suas contribuições analíticas, traz de maneira direta ou indireta, ocasional ou intencional, a visão de mundo do seu autor, o seu lugar de fala e a maneira como este concebe o passado educacional. O presente trabalho tem como objetivo tecer reflexões sobre o processo de escrita da história da educação norte-rio-grandense, especificamente o ensino primário, do Império à Primeira República, a partir das obras de dois intelectuais, a saber: Maria Marta de Araújo e Nestor dos Santos Lima. Trabalhamos com a dissertação de mestrado produzida pela primeira, intitulada “Origens e tentativas de organização da rede escolar do Rio Grande do Norte: da colônia à Primeira República”, defendida na UNICAMP/SP no ano de 1979. Com relação à esta obra, enfatizamos os capítulos II, III e IV, referentes ao nosso recorte temporal. Já com relação a Nestor Lima, examinamos o livro intitulado “Um século de ensino primário”, produzido no ano de 1927 em comemoração ao centenário da lei de 15 de outubro de 1827, que visava a organização do ensino primário e a criação de escolas nas principais cidades e vilas do Império. Relacionamos os dois autores partindo das discussões de Michel de Certeau em “A escrita da História”, produzindo uma análise historiográfica atentando às fontes que utilizaram, à forma e à intenção de sua escrita, bem como o lugar ocupado por cada autor e suas filiações intelectuais. Por fim, dialogamos também com o sociólogo Pierre Bourdieu, no tocante aos conceitos de campo e habitus, a fim de melhor compreender as relações imbricadas no processo de escrita da história e produção de um campo relativo à história da educação do Rio Grande do Norte. Esta discussão nos leva, portanto, a observação de diferentes olhares sobre o passado educacional do estado, que são orientados pelo lugar de fala de cada autor, bem como pela intencionalidade de seus trabalhos e suas relações sociais e intelectuais no processo de escrita da história da educação norte-rio-grandense.

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