SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL: FORTALECENDO A IDENTIDADE DA PROFISSÃO
2018; Volume: 6; Issue: 1 Linguagem: Português
ISSN
2526-8546
Autores Tópico(s)Health, Nursing, Elderly Care
ResumoDe acordo com Delgado (2010), a humanidade esta constantemente a procura de si mesmo, de suas referencias, de seus lacos identificadores. A identidade, nao so apresenta dimensao individual, mas tambem coletiva e diz respeito a atributos culturais, crencas, simbologias, valores, experiencias e habitos, isto e, retrata a um conjunto de variaveis em constante construcao. Alem disso, tanto economicamente como culturalmente, a compreensao do trabalho como forma de interferir a integracao social, e de fundamental importância para a vida do individuo, pois isso se percebe a medida em que o trabalho fornece uma identidade a quem trabalha, que nem sempre de outra forma se conseguiria simplesmente existindo ou relacionando-se com outros. Alem disso, a enfermagem encontra-se em meio a outras profissoes da area da saude e possui caracteristicas que relativamente se identificam, assim como entre os trabalhadores de enfermagem, possuem a forma como os seus saberes se organizam, suas preferencias, seus instrumentos e objetos de trabalho (PRESTES, 2006). No trabalho da enfermagem, a procura por uma identidade profissional, inicia-se por meio do trabalho de Florence Nightingale, logo depois da Guerra da Crimeia no ano de 1856. Florence tinha como foco, medidas de conforto e preservacao da higiene. Alem disso, procurava se diferenciar da medicina, estabelecendo assim premissas que serviriam de base para a profissao. A contar do seculo 20, a atencao com a execucao de principios cientificos que orientassem a pratica da enfermagem fez instituir o planejamento da assistencia de enfermagem, indo a busca de uma postura menos intuitiva e mais cientifica. Dessa forma, com as mudancas na pratica da enfermagem, almejava-se a independencia e autonomia da profissao (MARQUES; CARVALHO, 2005). A Sistematizacao da Assistencia da enfermagem tem como respaldo legal a resolucao COFEN n. 358/2009, que dispoe sobre a SAE nas instituicoes de saude brasileiras. A SAE tem como objetivo a qualidade da assistencia. No entanto, dentre os fatores que influenciam a qualidade da assistencia, ha a formacao profissional (D‘INNOCENZO, 2006). Morais (2015) menciona, que por nao se conhecer a SAE de forma mais aprofundada, acaba por gerar desinteresse e perda do sentido da acao, causando uma execucao superficial, sem comprometimento que tem dificultado a implementacao do processo de enfermagem. Goncalves (2007) relata essa superficialidade de conhecimento sobre a SAE no campo de ensino, onde gera impacto no campo profissional, muitas vezes reflexo da falta de desenvolver o pensamento critico, que possibilitasse o despertar para uma postura critica, dentro de cada contexto da enfermagem durante a pratica assistencial. Assim, e pertinente afirmar, que fomentar a importância da SAE na formacao, implica consequencias na qualidade da assistencia depois na pratica profissional, pois possibilita organizar o cuidado, obter visibilidade social, delimita-se o espaco de atuacao dessa profissao a medida que colabora na manutencao das conquistas legais da profissao e consequentemente fortalece a sua identidade profissional a medida em que a solidifica. REFERENCIAS DELGADO, L. A. N. Historia oral: memoria, tempo, identidades 2 ed. Belo Horizonte - Ed. Autentica, 2010 D´INNOCENZO, M. D.; ADAMI, N. P.; CUNHA, I. C. O movimento pela qualidade nos servicos de saude e enfermagem. Rev Bras Enferm , v. 59, n. 1, p. 84-8, 2006. PRESTES, F. C. et al. Construcao da identidade profissional da enfermagem: revisao da literatura Disponivel em: . Acesso em: 01 jun. 2018. GONCALVES, L.R et al. O desafio de implantar a sistematizacao da assistencia de enfermagem sob a otica de discentes. Esc Anna Nery R. Enferm , v. 11, n. 3, p. 459-65, 2007. MARQUES, L. V.P.; CARVALHO, D.V. Sistematizacao da assistencia de enfermagem em centro de tratamento intensivo: percepcao das enfermeiras. REME – Rev. Min. Enf .; v. 9, n. 3, p. 199-205, 2005. MORAIS, L. B. et al. Implicacoes para o processo de enfermagem na unidade de terapia intensiva. Perspectivas On line: biol & saude, v. 19, n. 5, p. 35-52, 2015.
Referência(s)