Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O meteorito Palmas de Monte Alto:

2018; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 18; Issue: 3 Linguagem: Português

10.11606/issn.2316-9095.v18-132539

ISSN

2316-9095

Autores

W. P. Carvalho, Débora Correia Rios, M. E. Zucolotto, Herbet Conceição, Acácio José Silva Araújo, Amanda Araújo Tosi,

Tópico(s)

Cassava research and cyanide

Resumo

Diversos parâmetros têm sido utilizados para a classificação dos meteoritos de ferro, principalmente sua mineralogia e suas propriedades químicas e estruturais. Este artigo resgata e documenta o achado do meteorito férreo Palmas de Monte Alto, apresentando uma sequência de parâmetros classificatórios que amplia e detalha os dados disponíveis sobre o fragmento. Esse meteorito, um siderito, foi achado no topo da serra de Monte Alto antes de 1955 e hoje representa um dos seis espécimes que compõem a coleção de meteoritos do estado da Bahia. Ele é constituído de uma única massa de 97 kg com alto estágio de oxidação externa em locais em que a crosta de fusão foi removida. Sua mineralogia inclui kamacita, taenita e plessita, bem como fases minerais secundárias, tais como o óxido de Fe-Ni akaganeíta. Também estão presentes minerais acessórios de ocorrência comum em ligas metálicas de Fe-Ni de origem espacial, isto é, schreibersita, cromita e troilita, e foi identificada uma rara solução sólida de ortofosfatos de Fe-Mn composta dos minerais heterosita-purpurita ou sarcopsida-graftonita como membros extremos. A largura média de suas lamelas de kamacita (0,95 ± 0,15 mm) permite classificar estruturalmente o meteorito como um octaedrito médio, com padrão Widmanstätten médio e bem definido. Seus teores de Ni (9,40 wt%) e Co (0,46 wt%) comparados aos elementos-traço Ga (22 ppm), Ir (0,70 ppm), As (16,00 ppm) e Au (1,70 ppm) recomendam a inclusão desse meteorito no grupo químico IIIAB.

Referência(s)