
A SEMIÓTICA DE PEIRCE A PARTIR DE JOHN LOCKE E DAVID HUME: O ÍCONE, ÍNDICE E SÍMBOLO
2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 11; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5380/diver.v11i1.52373
ISSN1983-8921
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoO objetivo deste trabalho é apresentar alguns conceitos fundamentais da semiótica de Peirce (1839-1914), em especial a relação do signo com o objeto, demonstrando-a como uma evolução em relação ao pensamento de John Locke (1632-1704) e David Hume (1711-1776). Pretende-se assim fornecer subsídios aos interessados em conhecer ou aprofundar seus estudos sobre a semiótica de Peirce, de maneira introdutória, ou que estejam no início de um aprofundamento mais teórico-conceitual sobre o assunto. No início apresentamos conceitos essenciais que influenciaram Peirce, tais como a ideia de signo sonoro, em Locke, ou o conceito de associação de ideias por semelhança, contiguidade ou causa e efeito, em Hume. Tentaremos demonstrar que esse conceito, bem como a provocação feita por Hume aos filósofos, foram decisivos para o desenvolvimento da teoria geral dos signos de Peirce, em especial a relação entre signo e objeto (S-O), vindo a culminar na tricotomia clássica: ícone, índice e símbolo. Outrossim, vale destacar que o signo sonoro em Locke possivelmente influenciou a ideia de signo enquanto imagem acústica, em Saussure. Ainda, apresentaremos várias provas para atestar que a teoria de Peirce não é antropocêntrica e, por essa razão, pode muito bem ser utilizada, além da comunicação entre humanos, para os estudos de comunicação entre humanos e não humanos, e entre não humanos e não humanos
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