
A hanseníase em um distrito administrativo de Belém, estado do Pará, Brasil: relações entre território, socioeconomia e política pública em saúde, 2007-2013
2018; Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português
10.5123/s2176-62232018000200003
ISSN2176-6223
AutoresNelson Veiga Gonçalves, Rita Cristina Cotta Alcântara, Alcinês da Silva Sousa, Alba Lúcia Ribeiro Raithy Pereira, Cláudia do Socorro Carvalho Miranda, João Sérgio de Sousa Oliveira, Ana Caroline Brasil Viana Melo, Juan Andrade Guedes, Rodrigo Júnior Farias da Costa, Simone Beverly Nascimento da Costa, Weber Marcos, Rafaela Pereira Gomes, Rafael Aleixo Coelho de Oliveira, Vera Regina da Cunha Menezes Palácios,
Tópico(s)Complementary and Alternative Medicine Studies
ResumoForam realizadas análises espaciais das relações entre a taxa de detecção da hanseníase, o índice de condições de vida (ICV) e a cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF).RESULTADOS: A taxa de detecção anual de casos novos apresentou uma tendência decrescente, com um surto em 2009.Contudo, a endemicidade média da doença foi alta.O perfil dos indivíduos mais acometidos foi o gênero masculino (66,67%), de escolaridade de nível fundamental (66,67%), da faixa etária de 16 a 59 anos (82,05%), residente na zona urbana (74,36%), com grau zero de incapacidade física (53,84%) e classificação operacional multibacilar (76,92%).A maioria era de casos novos (64,10%), com entrada por encaminhamento (38,46%).A distribuição espacial da hanseníase não foi homogênea nos territórios das ESF, apresentando áreas com transmissão ativa da doença, com casos novos multibacilares sem tratamento, padrão muito alto de endemicidade e ICV muito baixo, tais como Maracajá, Carananduba e Baia do Sol.CONCLUSÃO: As análises espaciais, utilizando kernel e álgebras de mapas, foram eficazes para a construção do cenário epidemiológico da hanseníase em Mosqueiro.Ressalta-se a necessidade de expansão da cobertura da ESF, para a melhoria de ações de controle dessa doença produzida sob a lógica perversa das iniquidades sociais.
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