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Ressecção de meningioma esfeno-orbitário e cranioplastia com reconstrução de órbita no mesmo tempo cirúrgico: associação de técnica de prototipagem e neuronavegação

2018; Thieme Medical Publishers (Germany); Linguagem: Português

10.1055/s-0038-1672490

2359-5922

Rafael Pimentel Maia, Bruno de Oliveira Santos, Alessandra Gorgulho, Ricardo Henrique de Lima Leite, Antônio De Salles,

Facial Trauma and Fracture Management

Meningiomas Esfeno-Orbitários (MEO) podem ser definidos como meningiomas com componente intraósseo que acomete, além da asa do esfenoide e órbita, as fossas anteriores e média da base do crânio. O tratamento é cirúrgico, com intuito de máxima ressecção. Devido à complexidade das estruturas envolvidas, representa um verdadeiro desafio. Há uma extensa variedade de estratégias assegurando o controle oncológico, às custas de consequências estéticas. O desafio consiste em assegurar o objetivo de ressecção completa do tumor, concomitantemente à preservação da estética facial. Reportamos a técnica empregada no caso de uma paciente feminina, 44 anos, que apresentou exoftalmia discreta e dor facial. A ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC) de crânio foram sugestivas de MEO. A paciente foi submetida a exérese tumoral, cranioplastia e reconstrução de órbita em um mesmo tempo cirúrgico. A craniotomia e a área de ressecção foram previamente planejadas utilizando-se a RM e a TC de aquisição volumétricas no software EximiusMed, (Eximius Surgical Navigator, Artis Tecnologia, Brasil). A simulação da falha óssea baseada no planejamento exérese tumoral permitiu a reconstrução virtual da calota craniana e de parte da órbita que, por sua vez, foram utilizadas para produção de um molde personalizado usando o software Magics-Materialize (Materialise, Bélgica). O molde foi feito por prototipagem rápida e o planejamento pré-operatório importado para o navegador. Exérese tumoral total foi obtida de acordo com a informação provida pela neuronavegação e impressão intraoperatória do osso durante a drilagem das margens do tumor. A prótese de polimetilmetacrilato foi produzida durante o ato cirúrgico com o auxílio de uma prensa manual. A precisão do molde é submilimétrica e reproduziu com precisão a reconstrução virtual da prótese. Posteriormente foi confirmado o diagnóstico de meningioma meningotelial (Grau I OMS). A paciente evoluiu com resultado estético plenamente satisfatório. Esta técnica permitiu o adequado tratamento oncológico associado a um resultado estético adequado em um único tempo cirúrgico, reduzindo custos e minimizando o efeito deletério psicológico da deformidade craniofacial entre a primeira e segunda cirurgias.