
Cisto da bolsa de Rathke ventrolateral ao tronco cerebral: relato de caso
2018; Thieme Medical Publishers (Germany); Linguagem: Português
10.1055/s-0038-1672762
ISSN2359-5922
AutoresAntónio de Oliveira, Paulo Victor Toledo Leão, Marcelle Machado, Luiz Pereira, Ceres de Oliveira,
Tópico(s)Cerebrospinal fluid and hydrocephalus
ResumoPaciente do sexo feminino, 38 anos, previamente hígida, com história de dor retroauricular esquerda, irradiada para membro superior esquerdo, associada a sensação de choque e limitação da versão cefálica ipsilateral, moderada, lentamente progressiva, iniciada cerca de 1 ano antes da admissão. Durante investigação, ressonância magnética evidenciou lesão expansiva ventrolateral direita ao tronco encefálico, desde a cisterna pré-pontina até a fissura cerebelobulbar, levemente heterogênea, hiperintensa na ponderação T1, hipointensa em T2, hipo/isointensa em FLAIR, sem realce por contraste, nem restrição a difusão. Submetida à craniotomia retrosigmoide clássica, com visualização de lesão extra-axial, encapsulada, com conteúdo amarelado, ocupando porção anterior e lateral do tronco, entre os nervos cranianos do complexo sétimo-oitavo até o décimo segundo. Realizada resseccão total da lesão, incluindo porções aderidas aos nervos. Paciente evoluiu com disfagia para líquidos e plegia de sexto nervo a direita, com diplopia associada. Acompanhada por equipe multidisciplinar, vem em recuperação progressiva dos déficits. Histopatológico confirmou o achado clássico de cisto de bolsa de Rathke. Trata-se, portanto, de caso inédito na literatura. Tal patologia, tem a quase totalidade dos seus casos na região selar/suprasselar, com raríssimas extensões para região frontal, clival ou ângulo pontocerebelar, além de caracteristicamente hipossinal T1 e hipersinal T2, o inverso do caso relatado, porém provável relacionado ao alto conteúdo proteico/lipídico.
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