Artigo Revisado por pares

Alimentação na atualidade: reflexões sobre o consumo de alimentos geneticamente modificados

2017; Ediciones de la Universidad de Murcia; Volume: 12; Issue: 2 Linguagem: Português

ISSN

1989-4686

Autores

Rayza Dal Molin Cortese, Suellen Secchi Martinelli, Rafaela Karen Fabri, Suzi Barletto Cavall,

Tópico(s)

Genetically Modified Organisms Research

Resumo

EnglishThis paper aims to discuss the consumption of genetically modified organisms (GMO), especially considering the Brazilian reality. The consumption of GMO has been associated with an increase in chronic non-communicable diseases, obesity, autism, hepatorenal toxicities, celiac disease, among others. In the environment, the production of GMO is associated with loss of biodiversity. In this context it is made a reflection on the cultivation of GMO in Brazil and their presence in the diet of the Brazilian population. This is due to the fact that, in Brazil, the main objective of genetic modification is to develop plants that are resistant to the use of pesticides, such as glyphosate, whose damages are already proven scientifically. And almost the entire area planted with soybeans, corn and cotton are genetically modified in Brazil. The problem of the authorisation and cultivation of genetically modified foods (GM) in Brazil is accentuated by the broad use of by-products, mainly soybean and corn, present in most industrialized foods. Furthermore, Brazilian food labeling legislation only requires the identification of GMO on products containing more than 1% of GM ingredients. In order to promote a healthy and sustainable diet, linked to the promotion of food and nutrition security, it is of paramount importance to foment the consumption of organic and agroecological food, produced by local farmers, guaranteeing GMO-free product for consumption. Brazilian legislation should consider mandatory labeling applied to all products containing GMO, allowing the consumer to make decisions based on adequate information. portuguesEste trabalho se propoe a discutir o consumo de organismos geneticamente modificados (OGM), principalmente considerando a realidade brasileira. O consumo de OGM vem sendo associado ao aumento de doencas cronicas nao transmissiveis, obesidade, autismo, doencas hepa- ticas e renais, doenca celiaca, entre outras. No ambiente, a producao de OGM se associa a perda da biodiversidade. Nesse contexto e feita uma reflexao quanto o cultivo de OGM no Brasil e a presenca dos mesmos na dieta da populacao brasileira. Isso porque, no Brasil, o principal objetivo das modificacoes geneticas e desenvolver plantas resistentes ao uso de agrotoxicos, a exemplo do glifosato, cujos maleficios ja sao comprovados cientificamente. E quase a totalidade da area plantada de soja, milho e algodao sao geneticamente modificadas no Brasil. A problematica da liberacao e cultivo de alimentos geneticamente modificados (GM) no Brasil se acentua ao se considerar o amplo uso dos subprodutos, principalmente de soja e milho, presentes em grande parte dos alimentos industrializados. Ademais, a legislacao brasileira de rotulagem de alimentos exige a identificacao de OGM no rotulo somente de produtos que contenham mais de 1% de ingredientes GM (Brasil 2003a). Considerando a promocao de uma alimentacao saudavel e sustentavel, atrelada a promocao da seguranca alimentar e nutricional, deve-se fomentar o consumo de alimentos provenientes de producao orgânica e de base agroecologica, produzidos por produtores locais, garantindo o consumo de um produto livre de OGM. A legislacao brasileira deve considerar a rotulagem obrigatoria aplicada a todos os produtos contendo OGM, permitindo ao consumidor tomar decisoes a partir de uma informacao adequada.

Referência(s)