Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Prevalência anatomopatológica de lesões selares após ressecção transesfenoidal endoscópica em serviço de referência

2018; Thieme Medical Publishers (Germany); Linguagem: Português

10.1055/s-0038-1672474

ISSN

2359-5922

Autores

Jordan Moura, Carlos de Barros, Jhoney Francieis Feitosa, Edson Neto, Henrique Daniel Marinho Alves, Pedro Nunes Boechat,

Tópico(s)

Sinusitis and nasal conditions

Resumo

Os tumores da região selar correspondem a aproximadamente 10% dos tumores intracranianos, dos quais aproximadamente 90% são adenomas hipofisários. A maioria dos tumores são lesões benignas provenientes da hipófise anterior (adenohipófise). O pico de incidência ocorre entre a 3a e 4a décadas de vida, e a prevalência é idêntica entre homens e mulheres. Os tumores hipofisários podem ser classificados de diversas maneiras. Segundo Hardy: pelo seu tamanho (macroadenomas > 10 mm e microadenomas < 10 mm) e pelo seu grau de invasibilidade. Podem ainda ser classificados pela sua funcionalidade e pela presença ou não de malignidade. Para este estudo retrospectivo, foi realizado o levantamento de prontuário e análise de laudo anatomopatológico de todos os 59 pacientes submetidos à ressecção de lesões selares por via transesfenoidal endoscópica durante um período de 39 meses, de janeiro de 2015 a abril de 2018, em serviço único de referência. Foram analisados os seguintes dados: idade do paciente no ato cirúrgico, sexo e laudo anatomopatológico. Um paciente foi excluído do estudo por falta do resultado da patologia. Nosso objetivo foi identificar o perfil anatomopatológico das lesões selares de nosso serviço no período citado. A média de idade dos pacientes foi de 46 anos (3–77 anos), sendo a maioria mulheres (63,79%). Dos 58 pacientes incluídos no trabalho, os tipos histológicos mais comuns foram adenomas (70,69%), seguidos de neoplasias pouco diferenciadas (8,62%), meningeomas (6,9%), craniofaringeomas (6,9%), cordomas (3,45%), cisto de bolsa de Rathke (1,72%) e gliomas de haste hipofisária (1,72%). Concluímos que nossa incidência de adenomas hipofisários, apesar de ser a maioria das lesões identificadas, é menor que o da literatura atual. O achado possivelmente decorre de uma seleção dos casos, uma vez que a maioria dos pacientes são referenciados de outros serviços.

Referência(s)