Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O antropófago Oswald de Andrade e a preservação do patrimônio: um "devorador" de mitos?

2018; Universidade de São Paulo, Museu Paulista; Volume: 26; Linguagem: Português

10.1590/1982-02672018v26e32

ISSN

1982-0267

Autores

Renata Campello Cabral, Paola Berenstein Jacques,

Tópico(s)

Sociology and Education in Brazil

Resumo

RESUMO Um documento inédito de 1930, atribuído pelas autoras do presente artigo a Oswald de Andrade, no qual ele sugere as “Bases para a Criação e Organização do Departamento de Defesa e Conservação do Patrimônio Artístico do Brasil”, é o ponto de partida para se discutir a sombra historiográfica que encobre o escritor como um dos agentes da constituição, no campo das ideias, de uma cultura preservacionista no país, particularmente no âmbito dos antecedentes do desenho de constituição do futuro Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que tem hoje na figura de Mário de Andrade o centro de seu mito fundador. Propõe-se problematizar essa questão a partir de aspectos da biografia de Oswald de Andrade, suas ideias, posições políticas, seu lugar social, suas amizades e inimizades. Anima o debate a pergunta: haveria uma dificuldade em se admitir a provocadora presença de um “conservador antropófago” na história de constituição do principal órgão de preservação federal no Brasil?

Referência(s)