Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Da Revolução Cubana à Era Obama: das tensões à normalização

2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 24; Issue: 38 Linguagem: Português

10.5007/2175-7976.2017v24n38p315

ISSN

2175-7976

Autores

Alfredo Juan Guevara Martínez,

Tópico(s)

Cuban History and Society

Resumo

Desde a Revolução de 1959, as relações dos Estados Unidos com Cuba entraram em uma era de antagonismo e tensões políticas. Após quase meio século de uma proximidade íntima, os dois países passaram a ser inimigos em pleno contexto de Guerra Fria. O resultado disso foi que os Estados Unidos se engajaram em uma estratégia austera de política exterior com Cuba, cortando relações diplomáticas e impondo um embargo comercial que viria a se perpetuar por meio século. Mesmo com o fim do conflito bipolar, as relações antagônicas entre os dois países se mantiveram inalteradas e Cuba permaneceu um país em isolamento graças ao embargo comercial estadunidense. Foi somente em 2014 que a administração Obama apostou em uma estratégia diferente, quebrando um paradigma político de décadas e promovendo uma reaproximação com Cuba. Ainda assim, o processo de normalização nunca foi completo e evidenciou como a estratégia de política externa dos Estados Unidos para Cuba depende de diferentes atores domésticos e seus distintos interesses. Para compreender esse fenômeno é preciso entender como se formou a estratégia antiga, por que ela se perpetuou e quais foram as condições que levaram a que fosse possível sua quebra. Este artigo traz um estudo histórico dos principais eventos entre Cuba e Estados Unidos que ocorreram a partir da Revolução, buscando melhor explicar a formação e a mudança da estratégia de política externa estadunidense para Cuba, passando por eventos como a invasão da Baía dos Porcos, a Crise dos Mísseis, as diversas crises migratórias até o processo de normalização e ruptura da antiga estratégia promovido pelo governo Obama.

Referência(s)