Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Reflexões sobre o imperativo do gozo e a mercadorização da cultura

2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ; Volume: 16; Issue: 3 Linguagem: Português

10.19094/contextus.v16i3.33946

ISSN

2178-9258

Autores

Brunno Fernandes da Silva Gaião, André Luiz Maranhão de Souza Leão,

Tópico(s)

Urban and sociocultural dynamics

Resumo

Partindo do pensamento žižekiano e tendo em mente o contexto da sociedade pós-industrial contemporânea, este artigo tem por objetivo discutir a relação entre a ideologia do imperativo do gozo vigente e o crescente processo de mercadorização da cultura em nossa época. Abordamos o caso particular do Carnaval do Recife como recurso ilustrativo para a condução de nossa reflexão. A instrumentalização da cultura como um recurso a ser aplicado para alcançar o crescimento econômico e sociopolítico estabelece os parâmetros de como as festas populares devem ser realizadas e fruídas. As festas são concebidas, planejadas, e preparadas dentro do horizonte da experiência de consumo, podendo ser consideradas objetos de desejo do sujeito-consumidor. A dimensão histórico-cultural é relegada a segundo plano na realização dos eventos. Por meio desta economia libidinal o capitalismo avança na transformação dos elementos da vida social em mercadorias/objetos de desejo, perpetuando a lógica de mercado capitalista.

Referência(s)