Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Ensino de Geociências na universidade

2018; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 32; Issue: 94 Linguagem: Português

10.1590/s0103-40142018.3294.0020

ISSN

1806-9592

Autores

Umberto G. Cordani, Márcia Ernesto, Maria A. F. Silva Dias, Elisabete de Santis Braga da Graça Saraiva, Fernando F. Alkmim, Carlos Alberto Mendonça, Rachel I. Albrecht,

Tópico(s)

Urban Development and Societal Issues

Resumo

RESUMO No Brasil colonial, apesar de intensa atividade mineira na busca de ouro e diamantes, não houve práticas geocientíficas relevantes. No século XIX ocorreram diversas explorações geológicas, das quais resultou uma vasta contribuição escrita. Além disso foram criadas importantes instituições, como o Observatório Nacional, o Serviço Meteorológico, o Observatório Magnético de Vassouras e a Escola de Minas de Ouro Preto em 1876. O ensino formal de Geociências no Brasil foi iniciado apenas em 1957, com a Campanha de Formação de Geólogos (CAGE), que criou e forneceu recursos materiais e humanos para quatro cursos de graduação em Geologia. Na Meteorologia a graduação se iniciou em 1963, na Oceanografia em 1971, e na Geofísica em 1983. Atualmente, 47 universidades brasileiras oferecem 71 cursos de graduação nas Geociências. Há 33 cursos de Geologia, três de Engenharia Geológica, 14 de Meteorologia, 13 de Oceanografia e 8 de Geofísica. Há no Brasil 57 programas de pós-graduação em Geociências, 13 dos quais considerados de excelência, indicando que a situação atual da área é de consolidação e maturidade. Geólogos e geofísicos foram absorvidos, em sua maioria, pelas atividades de mapeamento geológico, exploração mineral e de petróleo. Meteorologistas dedicaram-se ao monitoramento meteorológico e climático, e também a projetos de energia hidroelétrica, eólica e solar. Na Oceanografia, os formados atuaram em órgãos relacionados com ambiente, agricultura e no Ministério da Marinha. Quanto à pesquisa, as ciências atmosféricas e oceanográficas são de grande relevância global, no estudo das mudanças climáticas e o aquecimento global. Por sua vez, o maior desafio de geólogos e geofísicos é o de melhorar do conhecimento do território brasileiro, na escala local ou regional.

Referência(s)