
O paradoxo da educação brasileira: uma relação antagônica entre o princípio de realidade e o princípio de desempenho
2018; Editora Universitária Champagnat - PUCPRESS; Volume: 18; Issue: 59 Linguagem: Português
10.7213/1981-416x.18.059.ds02
ISSN1981-416X
AutoresAdauto Lopes da Silva Filho, Fátima Maria Nobre Lopes,
Tópico(s)Youth, Politics, and Society
ResumoO desenvolvimento da sociedade capitalista e tecnológica traz, em seu bojo, um paradoxo: ao mesmo tempo que desenvolve as potencialidades da razão humana, torna essa mesma razão um instrumento de manipulação e de poder. Tomando essas considerações, a partir do pensamento do filósofo Herbert Marcuse, o artigo objetiva demonstrar que esse paradoxo da sociedade, que determina o pensamento e as ações dos indivíduos, afirma-se também na educação brasileira e se expressa na relação antagônica entre o princípio de realidade e o princípio de desempenho amparado pela mais-repressão, pois, ao mesmo tempo que essa educação defende uma formação democrática, igualitária e cidadã, ela leva os indivíduos à alienação e ao sofrimento ao empreender tal formação com um caráter mercadológico. Apesar desse paradoxo que se instaura na sociedade e, em consequência, na educação, Marcuse defende a possibilidade de romper com a dominação que aí se estabelece, a fim de suprimir a mais-repressão, tendo em vista a aquisição de um princípio de realidade emancipatório.
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