Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A viagem como busca utópica em Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão

2018; Volume: 12; Issue: 29 Linguagem: Português

10.30612/raido.v12i29.7766

ISSN

1984-4018

Autores

Ramiro Giroldo, Carla dos Santos Meneses Campos,

Tópico(s)

Cultural, Social, and Media Studies

Resumo

A viagem empreendida pelo protagonista do romance Não verás país nenhum (1981), de Ignácio de Loyola Brandão, mostra o limiar entre a degradação promovida pelos detentores do poder e o desespero daqueles que buscam a sobrevivência. Trata-se de uma viagem que, ela própria, acaba por se revelar uma difusa procura por uma utopia. Este texto discute a viagem e sua relação com a utopia, assinalando possíveis analogias entre os deslocamentos do protagonista e a “viagem imaginária”, compreendida como uma predecessora da “literatura informativa” em voga até o século XIX. Para fundamentar o trabalho, recorreu-se a Causo (2003), com ênfase nas questões da “viagem imaginária” em relação com a utopia, bem como a Ginway (2005), para explorar as especificidades da distopia brasileira. O interesse é abordar uma peculiaridade do romance: nele, a viagem prenhe de significado e revelações se dá na mesma cidade.

Referência(s)