
“O show tem que continuar”: encalços e percalços do ser/estar prostituta
2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ; Volume: 16; Issue: 3 Linguagem: Português
10.19094/contextus.v16i3.32642
ISSN2178-9258
AutoresJefferson Rodrigues Pereira, Kely César Martins de Paiva, José Vitor Palhares, Caíssa Veloso e Sousa,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoEm seus tempos áureos, a zona de prostituição da Guaicurus (Belo Horizonte, MG) era comparada com outras “renomadas” do mundo, dentre as quais a parisiense região Moulin Rouge. No entanto, as mulheres que ali trabalham, as prostitutas, sempre foram estigmatizadas e alvos de discriminação e violência. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar relações entre o sentido do trabalho e a construção da identidade de prostitutas, fazendo-se um paralelo com o filme Moulin Rouge. Para tal, uma pesquisa exploratória qualitativa foi operacionalizada por meio de entrevistas pautadas em história oral temática com 17 prostitutas da referida região; seus dados foram submetidos à análise do discurso (vertente francesa). As análises indicaram sentidos frágeis e identidades fragmentadas e multifacetadas. Sofrimento diário, prazer próprio silenciado e sonhos imaturos retratam que, custe o que custar, “o show tem que continuar”.
Referência(s)