
VALIDAÇÃO DO PROTOCOLO DE MANEJO AMBIENTAL PARA CONTROLE DE LUTZOMYIA LONGIPALPIS EM ÁREAS ENDÊMICAS PARA LEISHMANIOSE VISCERAL
2018; Issue: 3 Linguagem: Português
10.5102/pic.n3.2017.5875
ISSN2595-4563
AutoresMaria Gabrielly Macêdo Costa, Rafaella Albuquerque e Silva,
Tópico(s)Psychodrama and Leishmaniasis Studies
ResumoA leishmaniose visceral (LV) é uma antropozoonose causada pelo protozoárioLeishmânia infantum e transmitida pelo flebotomíneo Lutzomyia longipalpis.Essa doença vem modificando seus padrões de transmissão e adquirindo umcaráter urbano, periurbano e reemergente nos últimos anos. Os novos padrõesepidemiológicos de transmissão conjugam inúmeros fatores relacionados àpopulação humana, a população de vetores, de reservatórios, bem como ascondições ambientais. Partindo desse pressuposto, torna-se importante elaborarmedidas que acompanhem os novos padrões da doença, a partir da intervençãoepidemiológica e ações de educação em saúde, visando oferecer a populaçãoinformações acerca da transmissão, prevenção e controle da LV. Dessa forma,esse estudo objetiva validar o protocolo de manejo ambiental para controle dapopulação de flebotomíneos de Brasília, Distrito Federal. Portanto, foiselecionado para participar do estudo o Condomínio Rancho Karina (RK),localizado em Sobradinho, devido à ocorrência de casos humanos de LV em2014 e a prevalência de LV canina de 9,75% em 2016. Foi realizada umaamostragem probabilística, onde foram selecionados 322 domicílios docondomínio. A primeira etapa do projeto consiste na visita aos domicílios para arealização da classificação dos imóveis quanto ao risco de ocorrência de LV;aplicação dos questionários quanto à percepção da população a respeito dasmedidas de prevenção e controle preconizadas para os vetores da LV; coleta desangue para realização do protocolo de diagnóstico de LV canina; realização dainvestigação entomológica e aplicação do protocolo de manejo ambiental quedeve ser seguido pelos moradores. A segunda etapa do projeto consistirá noretorno a todos os domicílios amostrados anteriormente para reavaliação dascondições ambientais, da prevalência de LV canina, da presença de vetores edo conhecimento da população sobre a doença. Até o momento, foramamostradas 40 residências, entretanto somente 37 foram classificadas: 4 (11%)como de alto risco, 22 (59%) de médio risco, 10 (27%) de baixo risco e 1 (3%)sem risco. Foram testados 63 animais, sendo 11 (17,5%) positivos na triagem, apartir do TR-DPP, entretanto espera-se o resultado do Elisa, teste confirmatório.No tocante a mensuração do conhecimento da população, 68% das pessoassabiam o que era LV e qual o seu agente etiológico, 90% sabiam que ela é umadoença transmitida por vetores, entretanto somente 26% sabiam quem é oprincipal vetor transmissor. O condomínio RK, pontuando principalmente ascaracterísticas ambientais, é considerado uma área de risco para a transmissãode leishmaniose visceral, com 97% das casas visitadas consideradas receptivasao vetor e com 17% de prevalência da doença em cães. Mesmo vivenciandoeste contexto, a população não está sensibilizada para a ocorrência da doença.Mediante estes resultados, é importante a manutenção das atividades nocondomínio RK, para que seja finalizada a primeira etapa do projeto, e assimobtido os dados necessários para a comparação na segunda etapa. Istopermitirá ter uma avaliação do protocolo de manejo ambiental para controle deLutzomyia longipalpis
Referência(s)