
AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE E NÍVEL COGNITIVO DE IDOSOS RESIDENTES EM UMA COMUNIDADE DE VITÓRIA-ES
2018; Editora Rede UNIDA; Volume: 5; Issue: 10 Linguagem: Português
ISSN
2358-8306
AutoresIsabelle Gadiolli Verzola, Alessandra Miranda Ferres, Luciana Carrupt Machado Sogame, Gracielle Pampolim,
Tópico(s)Health, Education, and Aging
ResumoIntroducao: As funcoes cognitivas consistem no raciocinio, compressao, percepcao, lembranca, reconhecimento e resposta a estimulos, bem como, resolucao de problemas e convivencia social. No idoso, e sabido que a cognicao interfere consideravelmente na condicao geral de saude, que por sua vez, e comumente avaliada atraves da autopercepcao de saude do idoso. Ambas as avaliacoes sao essenciais para que os profissionais de saude possam embasar o planejamento de intervencoes para este extrato populacional. Objetivo: Identificar o perfil socio demografico, o nivel cognitivo e a autopercepcao de saude de idosos assistidos por uma Unidade de Saude da Familia de Vitoria-ES. Metodologia: Procedeu-se um estudo quantitativo do tipo transversal com idosos de uma Unidade de Saude da Familia de Vitoria. Foi selecionada uma amostra probabilistica aleatoria composta por 140 idosos que foram submetidos a entrevista semiestruturada e avaliacoes de saude, entre abril e junho 2018. Foram coletadas variaveis para caracterizacao do perfil (sexo, idade, raca, escolaridade, situacao conjugal e ocupacao, se mora sozinho, se tem apoio, se sai de casa sozinho, e morbidades); a cognicao foi avaliada atraves do Mini Exame do Estado Mental, que classificou os idosos em dois grupos: com comprometimento cognitivo e sem comprometimento cognitivo, os pontos de corte utilizados para esta divisao seguiu a classificacao proposta por Brucki e colaboradores em 2013, de acordo com os anos de estudo do idoso; e a auto percepcao de saude foi avaliada atraves do questionamento Como o sr.(a) classificaria sua saude?, que segregou os idosos em dois grupos: aqueles que classificaram sua saude como otima, boa ou razoavel e aqueles que classificaram como ruim ou pessima. A analise dos dados deu-se de forma descritiva com medidas de resumo de dados como frequencias, medias e desvio padrao. Resultados: Dos idosos entrevistados a maioria eram mulheres, entre 60 a 70 anos, que se auto referiram pardos, casados, aposentados, de baixa escolaridade, com em media 2 morbidades, que saem de casa sozinhos e possuem apoio em caso de necessidade. Quanto a autopercepcao de saude, 88% apresentaram uma visao positiva de saude (otima, boa, razoavel), e 65% dos idosos avaliados apresentaram comprometimento cognitivo. Dentre os idosos com comprometimento cognitivo, 90% relataram uma autopercepcao de saude positiva. Conclusao: Averiguamos que a maior parte da populacao estudada apresenta baixa escolaridade, possuindo um maior risco para declinio cognitivo, o que tambem foi identificado na amostra estudada. E quanto a classificacao da autopercepcao de saude, foi encontrado de forma mais predominante uma avaliacao positiva. Estes dados propoem a necessidade de assistencia aos idosos com foco em seus niveis cognitivos, que quando alterados podem gerar autopercepcoes de saude equivocadas e que nao condizem com a verdadeira realidade. Isto ocorre, pois, a cognicao abrange diversas areas que quando prejudicadas levam os idosos a terem pensamentos positivos sobre sua saude, mesmo quando disturbios mentais ou fisicas se encontram presentes. Compreendendo que, este individuo possui baixa competencia para analisar sua saude, e necessario que este tema seja discutido e levado em consideracao nas intervencoes relacionada a pessoa idosa.
Referência(s)