
A semântica operatória de "falso"
2018; Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo; Volume: 15; Issue: 2 Linguagem: Português
10.21165/gel.v15i2.2066
ISSN1984-591X
Autores Tópico(s)Linguistics and Education Research
ResumoA lógica não leva em conta, na formalização dos seus raciocínios, a especificidade das línguas naturais. Aplicados à descrição de certas expressões das línguas, tais como ‘atestado de óbito falso’, os raciocínios da lógica são colocados em xeque. É implícito dos raciocínios lógicos o conceito aristotélico de “classe” ou de espaço fechado, ou se está dentro ou se está fora do espaço. Porque presume a significação construída, esse raciocínio impede a observação do termo atestado de óbito como um gesto de construção de significação. Através do método que é próprio da “Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas” (CULIOLI, 1990, 1999a, 1999b), porque articula o material verbal (as línguas) com a prática do seu manuseio (atividade de linguagem) dentro de um espaço topológico ou de uma topologia de domínio aberto, propusemos observar a contribuição de FALSO para o gesto de construção de atestado de óbito. Por fim, concluímos que FALSO é marca da dúvida (modalidade) e do bloqueio (alteridade) à construção do termo atestado de óbito.
Referência(s)