
INTERAÇÃO NÍVEL DE BASE E DISSECAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS NO SUDESTE DE MINAS GERAIS – BRASIL
2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Volume: 19; Issue: 68 Linguagem: Português
10.14393/rcg196815
ISSN1678-6343
AutoresBreno Ribeiro Marent, Roberto Célio Valadão, Luiz Augusto Manfré, Rodrigo Affonso de Albuquerque Nóbrega, Renata Jordan Henriques,
Tópico(s)Geography and Environmental Studies
ResumoAs bacias hidrográficas da porção oriental do território brasileiro apresentam marcante discrepância escalar dimensional. Aquelas bacias voltadas para o interior continental apresentam grandes extensões, distinguindo-se daquelas costeiras de menor área drenada. Esses grupamentos de bacias são separados por um Grande Escarpamento, herança de processos tectônicos e denudacionais mesocenozoicos. No sudeste de Minas Gerais esse escarpamento separa bacias ajustadas e organizadas, em planta e perfil, a degraus escalonados aqui reconhecidos e mapeados mediante geotecnologias. A geomorfodinâmica vigente nesses degraus responde a distintos níveis de base, de modo que as análises efetivadas neste trabalho se fundamentam na elaboração de mapeamentos que demonstram a estreita relação entre a dimensão regional do relevo e a organização da rede de drenagem. Conclui-se aqui que, além de os distintos níveis de base condicionarem fortemente a denudação continental no sudeste mineiro, o Grande Escarpamento configura importante fronteira que individualiza domínios geomorfológicos em que vigoram condições discrepantes quanto ao comportamento espaço-temporal da incisão da rede hidrográfica regional. Nas bacias interiores os canais fluviais revelam desníveis altimétricos significativamente menores que aqueles das bacias que se dirigem diretamente para o oceano. Naquelas bacias costeiras, a dissecação do relevo está organizada segundo degraus escalonados de extensão sub-regional, ausentes nas bacias interiores.
Referência(s)