Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Como os dados citogenéticos podem ajudar no entendimento da diversidade críptica em Hypsiboas crepitans (Anura, Hylidae)

2018; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA; Volume: 38; Issue: 1supl Linguagem: Português

10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp134

ISSN

1679-0367

Autores

Marcelle Amorim Carvalho, Millena Santos Figueredo, Miguel Tréfaut Rodrigues, Patrik F. Viana, Caroline Garcia, Eliana Feldberg,

Tópico(s)

Chromosomal and Genetic Variations

Resumo

Pertencente à família Hylidae e subfamília Cophomantinae, Hypsiboas crepitans é uma espécie de anuro considerada de ampla distribuição, embora esta seja restrita a duas grandes áreas desconectas localizadas no norte da América do Sul e na parte nordeste e sudeste do Brasil, ocupando áreas de Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Caatinga e formações de Cerrado. Dados biológicos de diferentes naturezas indicam a presença de diversidade críptica para o grupo e afim de acessar esta diversidade utilizamos marcadores citogenéticos clássicos na caracterização de populações de H. crepitans provenientes dos municípios de Jequié-BA, Maracás-BA, Itapetinga-BA, distrito de Florestal-BA, São Roque do Canaã-ES e Caracaraí-RR. Todos os indivíduos analisados apresentaram 2n=24 e NF=48, que são números característicos tanto para o gênero Hypsiboas quanto para família Hylidae, sem diferenças entre os sexos. Foram observadas diferenças na composição cariotípica de cada população, embora os pares cromossômicos 1, 2, 9, 11 e 12 apresentem morfologia conservada. As RONS mostraram-se simples e localizadas intersticialmente nos braços longos dos pares 7 (Jequié), 8 (Caracaraí), 10 (São Roque do Canaã), e 11 (Florestal, Maracás e Itapetinga). A localização e número de blocos de heterocromatina permitiram identificar marcadores cromossômicos que separam as populações da Bahia e Espírito Santo da população amazônica, sugerindo maior proximidade evolutiva entre as populações do nordeste e sudeste brasileiro. Tais diferenças na macro e microesturura cromossômica são possivelmente frutos de rearranjos, principalmente inversões pericêntricas, e indicam a presença de formas genéticas distintas dentro do que se considera uma unidade evolutiva, reforçando a proposta da existência de um complexo de espécies para o grupo.Apoio: Estudos citogenéticos e citogenômicos da biodiversidade da Amazônia, com implementação de avanços técnicos. (AUXPE – Pró Amazônia, CAPES 3297/2013/Processo nº 23038.009446/2013-09)

Referência(s)