
Educação física escolar e esportes de aventura uma realidade no IEPR-Instituto Educacional de Porto Real
2018; Volume: 5; Linguagem: Português
ISSN
1982-1816
AutoresLenize dos Santos Alves, Marynara da Silva Graciani, Julia Miller Lima, Cássio Martins, Débora Sadde,
Tópico(s)Physical Education and Pedagogy
ResumoRepensar o tratamento pedagogico oferecido tradicionalmente a determinados conteudos curriculares, nao e tarefa facil para nenhuma disciplina escolar, tampouco para a educacao fisica escolar. Contudo, e isso que pretendo com este trabalho: repensar e apontar algumas possibilidades para a forma de tratamento pedagogico oferecido aos elementos curriculares da educacao fisica escolar em especial na escolar que ministro as minhas aulas de educacao fisica o IEPR Instituto Educacional de Porto Real. Inicialmente, lancamos um questionamento a centralidade da logica do trabalho em nossa sociedade, que concomitantemente, institucionaliza-se no espaco escolar e contamina suas praticas pedagogicas, inclusive as da propria educacao fisica. Pensando ser de utilidade reorientar esse aspecto da educacao, no intuito de oferecer subsidios para possiveis rupturas a ordem estabelecida, e que apontamos o lazer e especificamente, os esportes na natureza como uma possibilidade de intervencao pedagogica no âmbito da educacao fisica escolar. Este trabalho pretende introduzir uma reflexao acerca da apropriacao da pratica de esportes na natureza como elemento educativo nas aulas de Educacao Fisica escolar (EFE). A pratica esportiva aqui preconizada e dotada de contornos alternativos se comparada aos modelos esportivos tradicionais e institucionalizados, sobretudo os esportes de alto rendimento. O que estamos propondo aqui e uma pratica esportiva calcada em principios fundamentalmente diferentes (BETRAN, 2003), a comecar pelo deslocamento do objeto de competicao do outro, para a natureza ou ate para si mesmo, o que cria a possibilidade de surgir uma atmosfera solidaria e cooperativa, na medida em que todos naquele grupo compartilham de interesse em comum, portanto, podem articular-se, mais facil e espontaneamente, de maneira coletiva para alcancarem suas metas (COSTA, 2000). Nesse caso especifico, nao se trata de uma cooperacao forjada artificialmente, como no caso do fairplay, mas sim de uma cooperacao que e fruto de um senso de pertencimento coletivo. Em geral elementos ligados a educacao ambiental podem emergir com certa facilidade nessas praticas, conforme afirma DIAS (2004) “a dimensao estetica, contemplativa, presente nessas praticas, e que viabiliza de maneira lucida e tangivel sua articulacao com a etica, imprescindivel ao questionamento paradigmatico reclamado pela educacao ambiental”. Ao sugerirmos que o lazer e os esportes na natureza sejam instrumentalizados como ferramenta de intervencao nas propostas pedagogicas em EFE, estamos vislumbrando um tipo especifico de educacao fisica, onde haja uma superacao do enfoque ao aprendizado puramente tecnico, rumo a um projeto que possa abarcar alem dessa dimensao, as co-relacoes entre o esporte e as vivencias corporais praticadas no âmbito da EFE e todo o espectro social, acreditando que com isso conseguiriamos corroborar com uma aprendizagem mais significativa dos alunos, oferecendo uma contribuicao mais efetiva ao processo educacional desenvolvido nas escolas.Sendo assim a proposta de EFE em nossa escola e pautada nesse vies com calendario anual de aulas externas como caminhada na pedra selada, costao do pao de acucar, pico das agulhas negras,mergulho, escalada tirolesa entre outros.
Referência(s)