Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Poéticas urbanas para o terceiro milênio: um epos para o Rio de Janeiro

2018; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS; Volume: 22; Issue: 46 Linguagem: Português

10.5752/p.2358-3428.2018v22n46p63-74

ISSN

2358-3428

Autores

Valéria Rosito Ferreira,

Tópico(s)

Urban and sociocultural dynamics

Resumo

Este artigo elege a poética de Rogério Batalha como uma voz renovadora na cena carioca de passagem de milênio. Especialmente em Melaço (2002) e “Cidade Fundida” (2012), o poeta transfigura a sensibilidade à violência urbana e aos imensos contrastes que oprimem a cidade do Rio de Janeiro em linguagem polifônica, e nos obriga a lidar sinestesicamente com riscos e perigos na cidade-poema recriada. Ao contrário de recorrer à poesia ensimesmada do gueto, seus poemas dialogam produtivamente com figuras e tradições literárias precedentes na busca por enfrentamentos do indizível, criando uma épica para a capital carioca. Sua matéria prima é composta de interrogações, repetições, aliterações e expressões parentéticas, além de um vasto repertório lexical de antíteses que recriam, na palavra, os entrechoques urbanos que, não raro, naturalizamos.Palavras-chave: Poesia contemporânea. Rogério Batalha. Cidades. Rio de Janeiro.

Referência(s)