
A REPRESENTAÇÃO DO COMBATENTE NA FICÇÃO DE ANTÓNIO LOBO ANTUNES: FANTASMAS DE UM PORTUGAL ANTIÉPICO
2018; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ; Volume: 2; Issue: 2 Linguagem: Português
10.18817/rlj.v2i2.1695
ISSN2527-1024
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoResumo O presente artigo analisa a representação antiépica do combatente português em três romances do escritor português António Lobo Antunes, sendo eles: Memória de elefante (1979), Os cus de Judas (1979) e Conhecimento do inferno (1980). A literatura portuguesa que tematiza a Guerra Colonial destaca-se por apresentar um discurso contrário ao modelo camoniano e ao seu discurso laudatório, buscando reinterpretar o sentido da história contemporânea de Portugal. Para discutir o tema, usaram-se os teóricos Bakhtin (1998) e Anna Kalewska (2000). Demonstrou-se, assim, que a ficção de Lobo Antunes constitui-se em um discurso antiépico, que causa uma ruptura na identidade e no imaginário coletivo nacional ao questionar, através da figura do combatente da Guerra Colonial, o discurso épico de fundação de toda a mitologia imperial lusitana, o que configura uma das suas marcas na história literária portuguesa. Palavras-chave: Antiépico; anti-herói; Guerra Colonial; identidade nacional; António Lobo Antunes
Referência(s)