Artigo Revisado por pares

A língua portuguesa no mundo: Presente, passado e futuro eds. by Alexandre António da Costa Luís, Carla Sofia Gomes Xavier Luís, and Paulo Osório

2018; American Association of Teachers of Spanish and Portuguese; Volume: 101; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1353/hpn.2018.0196

ISSN

2153-6414

Autores

Gláucia Silva,

Tópico(s)

Migration, Racism, and Human Rights

Resumo

Reviewed by: A língua portuguesa no mundo: Presente, passado e futuro eds. by Alexandre António da Costa Luís, Carla Sofia Gomes Xavier Luís, and Paulo Osório Gláucia Silva Luís, Alexandre António da Costa, Carla Sofia Gomes Xavier Luís, and Paulo Osório, eds. A língua portuguesa no mundo: Presente, passado e futuro. Colibri/Ubi, 2016. Pp. 395. ISBN 978-9-89689-627-0. A obra interdisciplinar A Língua Portuguesa no Mundo: Presente, Passado e Futuro deriva de encontros realizados entre 2013 e 2015 (9). No entanto, como ressaltam os organizadores, o volume contém contribuições para além daquelas apresentadas nos eventos em questão (10). A coletânea conta com textos de estudiosos renomados como Evanildo Bechara, João Malaca Casteleiro e Milton Azevedo. Além da nota dos organizadores e do prefácio de José Carlos Venâncio, os 22 capítulos que compõem o livro estão organizados em ordem alfabética por nome de autor. Se por um lado esse tipo de organização permite facilmente localizar um/a certo/a autor/a, por outro impede o agrupamento temático dos textos. Vários artigos da coletânea relatam a situação da língua portuguesa (doravante, LP) e/ou do seu ensino em diversas partes do planeta. É o caso, por exemplo, dos textos que tratam de diferentes aspectos do ensino de português na China. Enquanto Carlos Ascenso André traça o perfil histórico do ensino da língua naquele país, que data de 1961, Choi Wai Hao discorre sobre o papel da Escola Superior de Línguas e Tradução no treinamento de intérpretes em Macau, e Lei Heong Lok sobre o papel do Instituto Politécnico de Macau no ensino da LP em geral. Outros textos mormente descritivos incluem o de D. Carlos Belo, que relata o enquadramento do português em Timor-Leste; o de Chrys Chrystello, sobre o português na Austrália; o de Manuela Marujo, sobre o ensino da LP na província canadense de Ontário; o de Masashi Hayashida, sobre o português no Japão (e na sua própria carreira). Célia Bianconi e Nilma Dominique relatam a situação do ensino de português no nível superior no estado norte-americano de Massachusetts, com base em dados recolhidos em uma pesquisa realizada entre 17 docentes, concluindo que é necessário maior apoio administrativo ao ensino da LP em universidades daquele estado. José Esteves Rei tece considerações a respeito do ensino da LP em escolas portuguesas e critica o estudo prescritivo da gramática. Alguns autores baseiam-se na situação linguística para tecer argumentos sobre a situação do português ou o seu ensino. Partindo da visão de Foucault sobre poder e conhecimento, Concha Rousia posiciona-se contra esforços que distanciam o galego do português: segundo a autora, uma narrativa de distinção linguística pretende afastar os dois povos. Por sua vez, Domingos Nzau mantém que o ensino de português em Angola deve ser ajustado à diversidade do país, enquanto Julião Sousa situa a LP no epicentro do discurso identitário anticolonial e Ralf Kemmler aborda a ortografia e posiciona-se a favor da implementação universal do Acordo Ortográfico de 1990. Outros textos apresentam levantamentos sobre usos linguísticos. José Barbosa Machado lista castelhanismos presentes em obras portuguesas do século XV; Paulo Osório analisa diacronicamente o uso do imperfeito pelo condicional em textos medievais; Teresa José da Costa [End Page 661] registra evidências do contato da LP com o umbundu, atestando o desenvolvimento da LP em Angola. João Malaca Casteleiro, um dos estudiosos envolvidos no desenvolvimento do Acordo Ortográfico de 1990, discorre sobre a importância da LP no mundo atual e defende uma política linguística clara. Alguns textos da coletânea analisam dados literários. Carla Luís analisa o conceito de Lusofonia em várias obras do autor contemporâneo Miguel Real. Evanildo Bechara mostra que Machado de Assis, mesmo aceitando alguma inovação na LP do...

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