
Elogio à masturbação: materialismo e saúde em Diderot
2018; Volume: 2; Issue: 33 Linguagem: Português
10.11606/issn.1517-0128.v2i33p65-78
ISSN2317-806X
Autores Tópico(s)Psychoanalysis and Psychopathology Research
ResumoPartindo da premissa ontológica de que a realidade é única e essencialmente matéria e que o ser humano é tão-somente corpo, o filósofo francês Denis Diderot (1713-1784) desenvolveu, sobretudo no decorrer da sua maturidade filosófica, uma ética hedonista, baseada na moderação dos prazeres e na preocupação com a utilidade pública. Simultaneamente eudemonista, essa perspectiva materialista entende a felicidade como um estado psicofisiológico, mais precisamente como uma necessidade orgânica que depende da saúde do corpo que constitui e que consiste no próprio indivíduo. É quando, na sua Continuação da conversa, de 1769, Diderot se faz médico e, de forma inusitada, provoca uma reflexão de alcance ético sobre a masturbação. É desta reflexão filosoficamente heterodoxa e dos seus desdobramentos éticos que trata este artigo.
Referência(s)