Artigo Acesso aberto

REVELANDO OS SINTOMAS VIVENCIADOS A CADA SESSÃO DE QUIMIOTERAPIA: A experiência da criança e do adolescente com câncer

2018; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA; Issue: 20 Linguagem: Português

10.13102/semic.v0i20.3499

ISSN

2595-0339

Autores

Shirlene Cerqueira dos Santos,

Tópico(s)

Women's cancer prevention and management

Resumo

No Brasil, assim como nos países desenvolvidos, o câncer, segundo o instituto nacional do câncer (INCA), representa a primeira causa de morte entre crianças e adolescentes, na faixa etária entre 1- 19 anos em todas as regiões do país. A incidência dos tumores pediátricos no mundo varia de 1 a 3% do total de casos de câncer, sendo seu percentual mediano próximo de 3%. (INCA, 2016). O câncer na criança e no adolescente geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. O seu diagnóstico representa muitas vezes uma experiência perturbadora, alterando o equilíbrio familiar, deixando profundas marcas em sua estrutura e dinâmica de funcionamento. Sendo esta, frequentemente submetida a hospitalizações para exames e tratamento, de acordo com a evolução da doença (Dupas et al., 2012). O tratamento, exige uma permanência maior do cliente na unidade hospitalar, visto que envolve diversos procedimentos complexos e dolorosos, o que leva à aproximação entre este e a equipe de enfermagem. Dentre os procedimentos complexos e dolorosos aos quais a criança é submetida temos as modalidades utilizadas na terapêutica clínica sendo elas a cirurgia, radioterapia, bioterapia e quimioterapia. Destacamos entre as terapêuticas citadas anteriormente, os repetidos ciclos de quimioterapia aos quais a criança/adolescente é submetida mensalmente. Os efeitos colaterais que o paciente pode apresentar durante o tratamento, podem ser atribuídos a droga e a dose utilizada; no entanto os sintomas mais frequentes são: apatia, perda do apetite, perda de peso, alopecia, hematomas, sangramento nasal e bucal, mucosite, náuseas, vômitos e diarreia. Outro efeito colateral da quimioterapia é a neutropenia, que aumenta significativamente os riscos de morbimortalidade por processos infecciosos (Costa & Lima, 2002; Cicogna, Nascimento & Lima, 2010). Esse estudo foi motivado, a partir de uma prática realizada pela disciplina Enfermagem na Saúde da Mulher, Criança e Adolescente II, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), no campo de Unidade de Clínica Cirúrgica Pediátrica em um hospital público de Feira de Santana na Bahia, em que foi observada uma criança com diagnóstico de tumor cerebral, que se encontrava em fase pré-quimioterápica e que manifestou intenso medo e sofrimento diante da iminência do tratamento. Essas preocupações potencializaram o sofrimento dos familiares desta criança, mediante a possibilidade de reações adversas a quimioterapia, a exemplo da queda de cabelos. Diante disso, buscou-se na Biblioteca virtual em Saúde, ScienceDirect e PubMed artigos científicos que abordassem a experiência da criança/adolescente durante o tratamento quimioterápico, utilizou-se os descritores em português e seus correspondentes das línguas inglesa e espanhola, Criança, Adolescente, Hospitalização, Criança Hospitalizada, Neoplasias, Enfermagem Pediátrica, Enfermagem Oncológica e oncologia. Foram encontrados dois artigos que abordavam estatemática, demostrando incipiente produção do conhecimento. A partir do que foi observado e mediante um desconhecimento da equipe acerca do processo de crescimento e desenvolvimento, da criança sendo necessária uma intervenção afim de amenizar o sofrimento do paciente ao invés de priorizar as rotinas pré-estabelecidas, questionou-se: Como é a experiência da criança e do adolescente durante e após a sessão de quimioterapia no que se refere ás reações adversas? Sendo assim, este estudo tem relevância profissional, teórica, e social, onde os resultados poderão fornecer subsídios para a prática clínica dos profissionais de saúde envolvidos no cuidado de crianças e/ou adolescentes com câncer, que estão em uso de quimioterápicos. Além disso, proporciona uma reflexão a respeito do modo de pensar e o significado dessa experiência para a criança/ adolescente, promovendo práticas assistências humanizadas, e oferecendo um serviço de qualidade à criança e ao adolescente no processo de hospitalização. OBJETIVO: Compreender a experiência da criança e do adolescente durante e após a sessão de quimioterapia no que se refere ás reações adversas decorrentes do tratamento intravenoso.

Referência(s)