
Marcas de uso e redes medioestruturais de verbetes sobre homossexual masculino em dicionários escolares
2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Volume: 12; Issue: 4 Linguagem: Português
10.14393/dl36-v12n4a2018-17
ISSN1980-5799
AutoresHugo Leonardo Gomes dos Santos, Antônio Luciano Pontes, Pedro Henrique Lima Praxedes Filho,
Tópico(s)linguistics and terminology studies
ResumoNosso objetivo foi investigar quais as marcas de uso utilizadas nos dicionários escolares tipo 3 do Programa Nacional do Livro Didático 2012 para indicar as restrições e os contextos de uso de palavras relacionadas a homossexual masculino, bem como suas implicações para a compreensão dos sentidos ali expressos. Buscamos fundamentação teórica nos campos da Metalexicografia e da Lexicografia Pedagógica (WELKER, 2004; PONTES, 2009; 2012; GARRIGA ESCRIBANO, 1994; 1995; FAJARDO, 1997) e operamos uma pesquisa descritiva e qualitativa. Apresentamos um levantamento de 11 entradas relacionadas a homossexual masculino, totalizando 44 verbetes extraídos de cinco dicionários escolares. A partir das definições selecionadas, elaboramos redes de fluxo de sentido, redes medioestruturais, e analisamos o posicionamento das marcas de uso empregadas por cada dicionário, nas redes elaboradas, e os padrões de marcação de cada palavra. Em relação às conclusões, podemos destacar dois aspectos: (1) a marca mais recorrente em nosso corpus foi a que se refere ao uso pejorativo, indicando os contextos discriminatórios em que essas palavras são empregadas; e (2) palavras marcadas, como “bicha”, “baitola” e “maricas”, por exemplo, estão posicionadas às margens da rede e o fluxo de sentidos converge dessas palavras para as palavras não marcadas “gay” e “homossexual”.
Referência(s)