Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A figura do asceta em "O mundo como vontade e como representação"

2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português

10.5902/2179378634898

ISSN

2179-3786

Autores

Ângela Lima Calou,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

O presente texto assume por escopo expor, em linhas gerais, a reflexão schopenhaueriana acerca do ascetismo, de modo a assinalar o lugar dado à figura do asceta no processo de negação da vontade, tendo por base a obra O mundo como vontade e como representação (1818). Para tanto, em um primeiro momento, busca-se apresentar a visão trágica do existente segundo Schopenhauer, uma vez que a efetivação de uma existência ascética depende do conhecimento intuitivo da essência da representação. Em um segundo ponto, passa-se à tematização do ascetismo enquanto outra margem que se apresenta à vida como doença – qual seja, aquela que afirma cega ou mesmo conscientemente o querer viver e, portanto, resvala, irrecuável, no sofrimento. Por fim, assinala-se a dificuldade inerente à reflexão sobre o ascetismo como cume da vida ética enquanto processo de negação da vontade.

Referência(s)