Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Assembleias fossilíferas de mamíferos do Quaternário do Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil: diversidade e aspectos tafonômicos e paleoecológicos

2011; Volume: 38; Issue: 1 Linguagem: Português

10.22456/1807-9806.23836

ISSN

1807-9806

Autores

Hermínio Ismael de Araújo‐Júnior, Kleberson de Oliveira Porpino,

Tópico(s)

Paleontology and Evolutionary Biology

Resumo

Fósseis de mamíferos quaternários são conhecidos para vários depósitos fossilíferos do Estado do Rio Grande do Norte. No entanto, grande parte do conhecimento sobre essa mastofauna é taxonômico, enquanto que aspectos estratigráficos, tafonômicos e paleoecológicos têm sido pouco discutidos. Este trabalho é uma síntese do conhecimento sobre as ocorrências de mamíferos fósseis no Quaternário do Estado do Rio Grande do Norte. É fornecida uma listagem completa e atualizada dos táxons e das localidades fossilíferas e são discutidos aspectos relacionados à tafonomia, diversidade, posicionamento geocronológico e implicações paleoecológicas das tafocenoses. Os depósitos fossilíferos quaternários do Rio Grande do Norte compreendem tanques naturais, lagoas e depósitos cársticos e costeiros. Trinta táxons de mamíferos são conhecidos para os depósitos fossilíferos potiguares, incluindo megamamíferos e mamíferos de grande, médio e pequeno porte. A diferença de padrões preservacionais observados sugere a atuação de processos tafonômicos distintos em cada tipo de depósito. No que se refere aos aspectos paleoecológicos, as características auto-ecológicas conhecidas e ou propostas para os táxons encontrados no Rio Grande do Norte sugerem a ocorrência de um ambiente diferente do atual, onde predominavam savanas entremeadas por áreas florestais mais esparsas. No entanto, tais informações devem ser tomadas com cautela, já que as coletas de mamíferos quaternários realizadas na maioria desses depósitos não tiveram controle tafonômico e estratigráfico apropriado. Além disso, a atribuição dessas acumulações fossilíferas ao Pleistoceno tardio (assim como outras faunas quaternárias nordestinas) tem se fundamentado predominantemente em correlações bioestratigráficas, havendo necessidade de mais datações absolutas para a proposição de um referencial geocronológico mais sólido.

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