Artigo Produção Nacional

Crise orgânica, revolução passiva e fascismo na obra de Antonio Gramsci

2018; Volume: 5; Issue: 1 Linguagem: Português

10.47385/cadunifoa.v5i1.2467

ISSN

1982-1816

Autores

F. S. Costa,

Tópico(s)

Political Economy and Marxism

Resumo

O presente texto busca analisar a concepcao do filosofo italiano Antonio Gramsci acerca do fascismo, do ponto de vista da estrutura socioeconomica e da superestrutura politica – ideologico. Dentre todas as tentativas de entendimento acerca do fenomeno fascista, Gramsci se destaca como um dos primeiros autores marxistas ao tentar defini-lo de forma mais rica e real. Gramsci entende o fascismo como um movimento reacionario de base de massa da pequena burguesia europeia no final da crise orgânica do inicio do seculo XX. Neste periodo, com as mudancas no “bloco historico” capitalista – do capitalismo concorrencial para o monopolista – a burguesia perde parte da sua legitimidade e surge, dai a necessidade da criacao de respostas rapidas e estrategicas da classe dominante frente a “crise orgânica” do sistema. E no contexto desta crise social e politica que a pequena burguesia, na busca pela sobrevivencia de sua classe e temendo o progresso do movimento socialista, luta para conservar-se no poder e eliminar qualquer ameaca, via consenso e coercao. Organiza-se, entao, um bloco aristocratico burgues, guiado por uma ideologia radical e manipulatoria e um partido politico de tipo novo, que avanca promovendo uma “revolucao passiva”. Portanto, estamos diante de uma complexa dinâmica de restauracao e revolucao, no qual o partido fascista tem o objetivo de sustentar o sistema capitalista italiano.

Referência(s)
Altmetric
PlumX